Hoje muito se fala em X, Y, Z... mas o que realmente isso quer dizer?
No fundo, a coisa mais importante nessa análise é identificar as mudanças que o tempo nos traz e adequar a forma como nós encaramos a vida.
Eu tenho a experiência de ter acompanhado 4 gerações. Meus avós, meus pais, a minha e hoje a de meus filhos. Neste quadro tenho a possibilidade de avaliar situações de mais de 100 anos de vida e onde eu quero me pegar neste texto não é na questão tecnológica mas sim nos fatores sociais e profissionais.
A primeira geração, de meus avós, vem de uma época onde as coisas eram mais difíceis, onde as famílias eram numerosas e a vida, em um contexto geral, era bem simples, mesmo para quem possuía melhores condições. As regras eram mais severas e a vida mais dura. As mulheres não possuíam nenhum espaço no universo profissional e cuidavam das famílias e os maridos eram os chefes de casa, a imagem da ordem e da lei, quem sustentava financeiramente e fazia tudo para deixar algo para o futuro dos filhos.
A segunda geração que eu trago aqui é a do meus pais. Nesta já se via uma liberdade um pouco maior, as mulheres começaram a ganhar um pequeno espaço e os maridos eram totalmente voltados ao trabalho, quase que 100%. Focavam em dar o que podiam, e muitas vezes o que não podiam, à família e não se ligavam muito no futuro, acredito que viviam muito do agora e com uns 10% de olhar pra frente - no máximo.
A terceira geração é a minha. Trazendo na bagagem um aprendizado dos pais e avós e, em alguns casos, fazendo o cruzamento dessas informações para tentar tirar o melhor de cada uma delas.
Gostamos de trabalhar mas não abrimos mão de curtir a vida, a família e todos os momentos positivos que o fruto do trabalho nos proporciona. Por outro lado, alguns vícios das gerações anteriores acabam nos trazendo dificuldades mas, diferente delas, conseguimos ver que aquela ou essa decisão não deveria ter sido tomada. Temos uma ligação muito mais próxima dos filhos que na maioria das vezes são amigos e tem esse tratamento, diferente das gerações anteriores onde o respeito (muitas vezes poderia se chamar medo) tratava de manter uma distância de segurança.
A quarta e última geração é a que hoje vejo meus filhos vivendo. Como em todas as outras, uma evolução constante. Tudo mudou e muda com uma velocidade quase que impossível de acompanhar, mas eles conseguem. São antenados a tudo, pensam lá na frente, já nascem conectados e possuem todas as informações ao toque de um dedo e uma tela. Assim como tudo mudam a todo momento, não se prendem muito às coisas e não possuem medo do futuro. Pensam muito no futuro, traçam planos (os mais centrados) e suas metas são buscadas dia a dia.
Por fim, essa rápida explanação sobre as gerações que vivi tem um motivo único, avaliar o como a forma de vida que tivemos impacta em como somos hoje.
Quais os pontos que você identifica como errados em seus pais e avós que você continua cometendo?
O que de errado que você possui e já identifica nos seus filhos ou que já percebe que eles tendem a mudar?
Será que somos capazes de pegar a peneira das escolhas e deixar passar apenas o que é bom?
Será que estamos, como nossos avós, pensando no futuro de nossos filhos? Hoje o que você deixaria para os seus?
Até a próxima!
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