Em tempos de Covid a caridade se tornou algo fundamental para a vida de muitos que precisam da ajuda de outros para sobreviver. Mas, em um ano eleitoral, essa mesma atitude tem que ser vista, analisada e avaliar a real motivação do ato.
Muitos dirão: "Não importa pois se a pessoa está precisando deve sim aceitar" e eu concordo, porém o que escrevo hoje não é para quem recebe mas sim para quem doa.
Sempre fui totalmente contrário a qualquer atitude que para um bem próprio se utiliza da necessidade do próximo e quando vejo tais atitudes a repulsa é imediata. Sou de uma criação onde sempre aprendi que a minha mão esquerda não precisa saber o que a direita faz e com isso o uso de pessoas e tempos propícios para um bem próprio, para ter mais visibilidade e, como neste ano, para que daqui há alguns meses seja um candidato "bonzinho" esse sentimento se torna ainda mais aflorado.
Eu não tenho como mudar, a ponta desse problema, que são aqueles que pedem a ajuda de muitos para realizar suas "boas ações" mas posso sim chegar em você que é fornecedor principal do produto daquela "caridade".
Pense muito antes de doar, de ajudar, de colocar nas mãos de uma pessoa algo para ajudar um terceiro pois a sua boa ação pode estar sendo combustível para uma atitude de interesse oculto.
As dicas que eu posso dar são:
1ª) Você não precisa de intermediário para fazer o bem.
2ª) Se achar que precisa, procure instituições sérias.
3ª) Cuidado com campanhas cheias de amor e bondade.
4ª) Quem quer praticar caridade não precisa aparecer, cuidado com as falsas intenções.
5ª) Até mesmo as igrejas devem ser avaliadas e coloque-se como um voluntário para a distribuição e trabalho.
6ª) Cuidado com os pedidos de dinheiro, é melhor doar itens sempre.
Essas entre outras são dicas básicas para quem quer praticar a caridade de forma correta, justa e honesta. De um ser humano que pensa realmente no próximo e não tem nenhum interesse que não seja ajudar quem precisa.
Fotos e vídeos com as pessoas ajudadas, edições super produzidas de ações entre outras são fruto de duas situações: a primeira de grandes instituições como a Igreja Católica, os Médicos sem Fronteira, a Cruz Vermelha Internacional, entre outras, que possuem condições de criar materiais para divulgar e conseguir ainda mais ajuda para quem precisa. A segunda situação, muito comum e mais triste, é que se tratam de material para auto-promoção.
Antes de praticar a caridade pense, e como disse, em primeiro lugar VOCÊ MESMO PODE FAZER DIRETAMENTE. Caso contrário, muito cuidado para não alimentar quem precisa dando visibilidade a quem faz por interesse.
Até o próximo!
Werner Lima
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